
De igual para igual - 2008 Universal
Dama Bete é a nova mulher de armas do rap nacional.
«Nos EUA, onde nasceu o hip hop, as raparigas são muito discriminadas e usadas pelos próprios rappers como objectos. Elas próprias acabam por usar demasiado aquela parte muito sexual... Cá não acontece isso, mas as raparigas não têm tanta visibilidade como os rapazes. E já existiram muitas, que ao longo dos anos foram desaparecendo porque nunca tiveram apoio e foram deixando de rimar. Eu podia ser uma delas, mas tive sorte», diz Bete.
Fora dos palcos, Elizabete Oliveira é uma tímida jovem de 23 anos, que nasceu em Moçambique e cresceu na Parede, e que desde cedo sentiu a necessidade de se expressar através da rima.
"De Igual Para Igual" conta com a participação de artistas como Melo D, o mestre da kora Galissá, Firmino Pascoal e membros dos Terrakota, contribuições fora da área do hip hop que vieram expandir as composições de Bete.
«O hip hop para mim sempre foi uma fusão. Mas cá em Portugal há uma tendência para imitar e fazer samples de músicas estrangeiras. Eu pensei: tenho tantos amigos músicos quero é fazer uma fusão da minha música com a deles. E em Portugal também há muito a cena da multiculturalidade e da lusofonia, também quis trazer um bocado disso para o disco. Porque eu sinto-me lusófona, não particularmente portuguesa ou moçambicana», comenta.
Ao vestir a personagem desta Dama, Bete reconhece a importância da imagem para os artistas.
«As pessoas antes de ouvirem um CD, vêem o CD. É importante também que o CD chame a atenção. É bom que as pessoas tenham o desejo de o ouvir. Por isso também apostámos na imagem», comenta.
Rita Tristany
cotonete.clix.pt
http://cotonete.clix.pt/ouvir/entrevistas/body.aspx?id=1638&type=0
http://www.myspace.com/damabete
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